11 setembro, 2010


E agora chego em ti, na metade de todo tempo, ao meio do dia, ao meio da noite, caindo no berreiro para que me acendam o aro da lua. Este de agora, abismo em que me lanço na inteireza de todo compartilhar, esse sopro de febre. Orbitamo-nos ao encontro da maciez de tudo que se chama Terra e o importante de ter na vida é saco de dormir, esse casulo nosso de colorir primavera. E sempre haverá aqueles que a escolha nomeiam engano mas, ali, naquele mar de Borges, espumava, saliva na língua da água com sede de terra, o dizer de tudo o que não é lembrado e nem esquecido.

Cores para noites sem lua