30 agosto, 2011

Como insetos que se fazem árvores e, de uma hora inesperada qualquer à outra, voam: pensamento feitos das miúdices da vida. É o que dela vinga.

14 agosto, 2011

Sofro crises de incompatibilidade de gênio comigo mesma e implico com essa mania de esperança salpicada com essas pitadas de convicções, como a de que o ciclo da vida se cumpre em si mesmo. E o despudorado não tem exposto todo seu desejo de renovação? O que me pega é o sonho.

10 janeiro, 2011


A precisão de se lavar, a cara, o sexo, e assim se limpam, evitando o mau cheiro. Escrevo certo porque o erro é meu, falo errado. E tem o tremor, o frio, o vazio. E quanta coisa não cabe em um único buraco negro? Nos lembramos de vários, ela e eu, todos preenchidos nos acontecimentos cotidianos, na repetição dos dias e na reinvenção dos preciosos objetos: um dos aros de bastidor, silenciosamente ausentado, deixando ali o bordado, esperando atenção, em suas passagens de nuvens e na migração de aves e borboletas. De um instante ao outro, no percorrer de agulha nesse tecido de tempo. É quando a indecisa decisão pousa sobre bananeira. Em tempo. Umbigada e curada em uma.

Cores para noites sem lua