25 junho, 2008

Erudição

Era semi-analfabeta, escrevia o nome com uma letra trêmula e insegura como a própria vida. Mas possuía outras escritas. As músicas que cantava e vinham dar cores mais amenas ao presente nada gentil; as suas mãos, sabedoras de cor da feitura de doces e pães e que, tendo comida ou não, cozinhavam; e os seus silêncios e seus ditos, oportunos como chuva em julho.

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Cores para noites sem lua