25 junho, 2008

Samambaia

A planta era observada com um brilho de amor resignado, amor que espera. Não se viam nitidamente os sonhos que a povoaram. Teriam partido todos? Cozinhava bem, prova disso era o angu, que as crianças magras e sujas disputavam com os cães, como irmãos. E na monotonia dos sentimentos e dos acontecidos, observava os brotos e, por alguma secreta razão sabia que era ela que surgiria com as folhas que se anunciavam. Algumas coisas, como o que tinha em seu interior, continuavam crescendo. Sem sentido. E para todos.

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