na margem da amazonas, na direção da casa de um amigo, onde celebrariam qualquer um destes pretextos para ser junto. O problema das ocasiões de se compartilhar é a circunstância: preparada e ensaiada para que sejam, mais do que felizes, mágicas e com data e hora marcada. E louvores e louros às novelas, todas elas, pelas exclamações: só em novela mesmo...! A liquidez do olho refletindo, reflexiva, a deixa... Que se louve! E onde a mágica, nos objetos tornados amuletos, como um pequeno medidor de tempo azul, ou nas pessoas? Pessoas que os constroem, que os notam, que neles encontram alegrias e lembranças e as compartilham. São complicados os efeitos colaterais dos surtos de felicidade-coletiva-presenteira, embora em todo mal exista um bem. A crise de presentear é totalmente válida quando leva o individuo, por ela acometido, a presentear com presença, descobrindo um jeito de ser companhia pelos grandes desertos do mundo. Por sorte não se aventurariam mais em amigos secretos, todos já revelados. Amigos em si e em mi, vaga-lumes, que nem livros. E os presentes: a agenda, entre colagens e fotografias, pimentas e sonhos, a palavra virada em remédio; as três luzes de um anjo, farolescendo caminhos, oferecendo lume de cheiro e; outro anjo, filhote, trazendo família, vela, caixinhas de fósforo e a confirmação do amor nas coisas que se consomem. As unhas roídas e, ainda assim, a espera. Por conta desses presentes que o tempo todo acontece, essa certeza de tudo ser. Vinha com ar feliz, bermudas e camisa estampada, colorido em fundo azul. A boca aberta de um modo engraçado ficou sendo bonito. Olhando e sendo olhado, partilhou a sem graceza dos flagrados e parou, cantarolou alguma coisa encontrando direção e foi sentar ao seu lado. Uma pedrinha em sua orelha carregava um pouco de céu feito a camisa e, a joaninha mais próxima ensaiava já há tempos ensaiava vôos para céus mais azuis. O engraçado é que tem a estrutura, mas não tem o teto. Concordava e, se chovesse, se molhariam. Um céu de chuva, de muita chuva. Esperavam por alguma coisa, seria por isso? Hoje fez sol.
CHEGA DE CHACINA! PELO FIM DA POLÍCIA ASSASSINA! MAIS DE 130 EXECUTADOS
PELO GOVERNO GENOCIDA DE CLÁUDIO CASTRO
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O governador fascista e genocida Cláudio Castro (PL) perpetrou a mais letal
chacina da história do Rio de Janeiro na maior operação montada para este
fi...
Há 2 semanas
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