31 maio, 2010

Tinha habilidade com o recombinamento das coisas, cores, peças, épocas, já que algumas vinham das avós e das tias, reconciliadas através das amigas que levavam a memória dos objetos que davam forma à fumaça do cigarro. Muito havia se passado desde o ultimo encontro. Se lembraria de um cachecol e do medo dos vampiros. Depois, vieram os colares e, em suas contas, os contos, desabafos dos amores que ouvia da avó e que minavam de seus olhos na tentava sorrir, pura sem-graceza. Sabíamos o que nos fazia diferentes e todos os encontros eram cheios de acontecimentos, desde o ferro e suas brasas alisando os lençóis e o plástico bolha da cortina sob a pia. E os brincos, nunca tirados desde que aqui cheguei. Houve também a irmã, a primeira filha que, segundo a mãe, era do pai. Um bom motivo para que todos eles fossem assim, crentes. E a cada enrugar, e a cada nova cicatriz, confirmava que é possível evitar acidentes. E do valioso da ultima rua e do cemitério. Pra poder namorar.

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Cores para noites sem lua