19 maio, 2008

E o que faço nada mais é do que dar respostas para as perguntas que você talvez me fizesse. E hoje é um daqueles dias em que seria muito difícil engolir algo além da própria saliva e, por isso, não tenho tido fome embora tanto coma. E hoje houve o homem. Morto. O vi de relance, voltando da festa de aniversário da amiga com quem briguei, a que havia dado o entendimento do deslumbramento, aquele baile em que os dois se deixariam. A amiga que sempre seria. A que desafiou o enfrentamento do que é só costume e me guiou através dos carros e dos lugares que certamente levariam a outros. Ali estava porque, mesmo no que simplesmente passa, há brilho conforme há luz. E agora, é ela quem surge, com o questionamento que grudou na idéia, bem antes de sua morte: feliz serve é pra quê? E era aquele homem. Morto. E se as vezes penso em lhe telefonar ou escrever é porque aos animais de linguagem só é dado criar no dito.

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Cores para noites sem lua