28 julho, 2009

Um amor equivocado

Mesmo não sendo obcecada pelos instantes de vida dele, os queria em si, era importante que houvesse proximidade. Já não era o homem que havia desejado, por puro capricho, o que estendia à letra e aos bordados, ao bagunçar das coisas. Quando o amou, ele amava outro homem, aquele que haveria de se perder, narrar e morrer; e partilharam amor pelo que perece. Ao depois, ele amava outra, também já amada por outro amado seu; e dividiram amor por mãos e tesouras. O quis enquanto fugia, por ser ele também o que queria viver, tanto quanto amar. E há entre esses, os que veem beleza em ares mexicanos, mesmo quando intoxicados pelo bacon resfriado dos fast-foods, a cumplicidade do olhar, como o da moça de grossas tranças escuras, floridas, coloridas flores. E no agora amava outro, o dono do corpo que sentiu enquanto o amava pela primeira vez (...)

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