03 julho, 2009

Às vezes reaparecia em outros, esses. Voltava abanando o rabo e sem nenhum pudor pela alegria em se submeter. Aceitava todo amor que fosse dado por qualquer um que se aproximasse, mesmo os que doíam. Gotas em pára-brisas, grossas e esparsas, ou finas e constantes. Suaves e brutas, se fazendo e desfazendo umas nas outras. Nessa época sempre chove. Acordava pelo nariz e seguia o cheiro da pele da terra secando ao sol caçando formigas com os pássaros, se alimentando também da destruição que continuaria a acontecer depois que estivessem refeitos.

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Cores para noites sem lua