Nesse mundo, que agora habito, havia uma fresta, um feixe de luz por que agora vejo. E por essa fresta pude ver meus olhos e saber quem sou. E vi. A convicção de um autor à mercê do ponto final. E, entre as escolhas que faço, a minha frágil, a minha volátil vontade. A fresta. Esse ínfimo espaço pelo qual me vejo, porque, o outro, o outro, é tão pouco de mim. E sou. E eu e o outro é, entre tudo o que vive e respira, o que mais respeito. Porque sei de meu esforço, ao saber, aos 4 anos de idade, o que era o desejo da, devidamente adiada, morte. Para que não tivesse que viver. E por longas décadas seria só o cadáver convidado á vida. O perecível de se ser. O viés por que foi guardado o seio materno e a leveza do flutuar no fazer de si mesmo. O se saber em gestação.
Tamba Trio - 1974
-
1 - *Se é questão de adeus, até logo*
Dito - Tom
2 - *Não tem perdão*
Ivan Lins - Ronaldo Monteiro de Souza
3 - *Reflexos*
Luiz Eça - Fernanda Quinderé
4...
Há 16 horas
Nenhum comentário:
Postar um comentário