Nesse mundo, que agora habito, havia uma fresta, um feixe de luz por que agora vejo. E por essa fresta pude ver meus olhos e saber quem sou. E vi. A convicção de um autor à mercê do ponto final. E, entre as escolhas que faço, a minha frágil, a minha volátil vontade. A fresta. Esse ínfimo espaço pelo qual me vejo, porque, o outro, o outro, é tão pouco de mim. E sou. E eu e o outro é, entre tudo o que vive e respira, o que mais respeito. Porque sei de meu esforço, ao saber, aos 4 anos de idade, o que era o desejo da, devidamente adiada, morte. Para que não tivesse que viver. E por longas décadas seria só o cadáver convidado á vida. O perecível de se ser. O viés por que foi guardado o seio materno e a leveza do flutuar no fazer de si mesmo. O se saber em gestação.
Aquarela Carioca - 1989
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1 - *Rua Japerí*
Papito
2 - *African Market Place*
Abdullah Ibrahin
3 - *Mantra*
Folclore da Índia
4 - *Cascavel*
Papito - Paulo Muylaert
5 - *Top Ten - Ba...
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