10 junho, 2009

E se é assim, que seja. Até que se encerre o ciclo. E me lembro do que em suas máscaras não gosto, algumas brilham demais, outras sorriem demais e tantas são bobas demais. Fica sempre ao lado o bom amigo clichê. O único que cumpre a promessa e nos acompanha, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza. Eu, tão habituada ao silêncio que falo, e quando me apiedo dos seus ouvidos, grito. E muito tenho gritado com meus silêncios e embora tanto queira, nada peço, tanto que já tenho me disputando os olhos e a vontade. E os ouvidos. E a pele. Gostos e cheiros. Porque aprendi a agonia de meu pai ao ser ignorado. O pior que tem é chamar pessoa e ela não responder. Tá me ouvindo? Ouvi. E não pediria que fizesse as minhas vontades conforme as suas e muito menos que ficasse ou me fizesse feliz, o que sei ser com hormônios e pensamentos. Falta o discernimento de que acontecimentos felizes são os que acontecem. Infelizes todos podem ser, mesmo os pobres e os sem vaidade e feliz não é o que vem de você, mas o que me atinge quando estou ao seu lado. Esse lugar. Nenhum outro pode ser alcançado além do que se ponha o pé. E o corpo, prestes ao florir.

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