22 março, 2008

O espinho

Era um menino muito corajoso. Suportava o espinho insolente que invadia sua intimidade e seu sentir. Mas chorava em seu sofrimento causado pelos espinhos que cercam flores e o das conversas fúteis, o retardo para as buscas mais urgentes da necessidade do que vive, o algo que em seu nome lute contra a própria dor, a que havia inaugurado com o choro mais sincero de estranhamento e susto. E é muito fácil se perder entre a dor e sua manifestação. E por isso ele agora volta. Consolado. E envergonhado.

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